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quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Próximo encontro: 02/02/2013


C O N V I T E

Ishtar - Espaço para Gestantes (Recife) convida para o próximo encontro do grupo, no dia 02/02/2013.

O tema do nosso bate-papo será:

 “Como lidar com a dor do parto”

O que devo esperar?
O que devo fazer?
Que posições me ajudarão?
Como devo respirar?
Contamos com a sua presença para enriquecer o nosso debate!

Lembrando: Participe do BANCO DE VIDROS DO ISHTAR (parceria com o Grupo “Grávidas e Mamães do Recife” - Facebook). uma iniciativa voluntária, que visa auxiliar as mulheres na manutenção da amamentação através de doações e empréstimo de vidros adequados ao armazenamento e pasteurização de leite materno.
Data:        02 de fevereiro de 2013
Horário:    10:00 às 12:30
Local:       Mezanino da Livraria Cultura Recife, Paço Alfândega, Bairro do Recife.

Mais informações:
(81) 92694187 tim - (81) 99427144 claro – (81) 88559284 oi

Ishtar News:

Ondas...

Não sei se você vai entender, mas o seu depoimento me trouxe alguma alegria. Sabe por que? Porque você reflete exatamente o medo de MILHARES de mulheres. Mas você está, por alguma força interior, tentando ultrapassá-lo. E isso já determina a grande mulher que é, independente dos seus parcos 20 aninhos.Você não me conhece e, por isso, não tem motivo algum para confiar em mim. Mas eu lhe dou a minha palavra que a dor do parto não é nem de perto esse monstro que você prevê. Porém ela vestirá essa roupagem, se você permitir.Eu sou uma otimista e creio piamente que TODA mulher capaz de gerar, salvo raríssimas exceções, também é capaz de parir. Naturalmente.Nunca tive medo da dor do parto. Mas minha doula me disse uma coisa importante que me ajudou muito a entender o processo das contrações em meu corpo. Ela me disse: são como ondas. Imagine um mar com ondas calmas, indo e vindo. É desta forma que o TP começa. E, acredite, assim como é uma delícia deixar o corpo ao sabor de um mar morno e tranquilo, as contrações SEM indução começam de forma extremamente prazeirosa.Então, na primeira contração, que vai durar bem pouquinho, você já poderá deslumbrar o que lhe espera. Ficará surpresa, porque NADA do que lhe contaram sobre serem terríveis e insuportáveis se parecerá com a sensação que elas produzem. Por isso algumas mulheres que se entregam ao prazer do parto recusam-se a chamar de “dor”. O termo certo não é dor. Mas não sei qual é. Assim como algumas línguas não possuem uma palavra para traduzir o que chamamos de “saudade”, a sensação de uma contração não deveria ser traduzida com a palavra “dor”.Bem, se eu tivesse que usar alguma sensação dolorosa para comparar com a contração, a mais próxima seria de uma cólica menstrual. Não sei se você já teve. Mas aquela dorzinha fininha, começando nas costas e caminhando até o baixo ventre. Uma contração é mais ou menos isso (ou não!).Ela vai durar bem pouquinho no início. Tanto é que, as primeiras se você estiver dormindo, nem vai sentir. Duram segundinhos. E até vir a próxima “onda” leva tanto tempo que você já se esqueceu como foi a anterior. Está entendendo?Quando o TP engrenar, o que pode demorar horas ou dias, você já vai estar habituada com a contração. Já conseguirá identificar quando ela inicia, saberá quando está na “crista da onda” e também quando ela está indo embora. Então o que muda para ficar tão difícil como dizem?? Muda a duração da contração, que era segundinhos, e passa a ser de um minuto ou pouco mais. Muda também o intervalo, que podia ser de hora ou longos minutos, e pode passar a ter segundinhos. Ou seja, não existe um momento a partir do qual você sentirá uma dor dilacerante e ficará com ela por dias. Contrações são ondas. Vem e vão. E algumas mulheres, com TP prolongado, podem ter intervalos de minutos e até DORMIREM entre uma contração e outra.Mas aí vem o grande mistério do poder feminino de parir. Se você entender muito bem que aquelas ondas estão trazendo seu filho, a cada contração você sentirá ele mais próximo dos seus braços. Você não lutará contra a contração, porque você QUER que ela venha e lhe traga seu filho. Estar dando a luz e ser a protagonista daquele fenômeno é tão fabuloso que em vez de vestir aquele momento com dor… surpreendentemente você poderá fazê-lo com PRAZER.Porém, você só pode fazer aquilo que acredita que pode. Ainda resta algum tempo até o seu parto, portanto, eu gostaria de lhe dizer para reforçar a auto-estima, olhar para a Cris que muitas vezes superou outros obstáculos na vida, e encontrar força e confiança para assumir o nascimento do seu filho. Acredite que, apesar de tudo que já lhe disseram sobre dores insuportáveis, as mulheres têm sobrevivido à isso por milénios. E elas não o fariam tantas vezes, se realmente fosse maior do que elas podem aguentar.Eu acredito em você! Xícara de Luz

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Próximo encontro: 26/01/2013




C O N V I T E

Ishtar - Espaço para Gestantes (Recife) convida para o próximo encontro do grupo, no dia 26/01/2013.

O tema do nosso bate-papo será:

 “Últimos dias

O que esperar no final da gravidez?
É normal tudo que estou sentindo?
Será que estou pronta para ser mãe?
Como lidar com as cobranças, a pressão e a ansiedade?

Contamos com a sua presença para enriquecer o nosso debate!

Lembrando: Participe do BANCO DE VIDROS DO ISHTAR (parceria com o Grupo “Grávidas e Mamães do Recife” - Facebook). uma iniciativa voluntária, que visa auxiliar as mulheres na manutenção da amamentação através de doações e empréstimo de vidros adequados ao armazenamento e pasteurização de leite materno.
Data:        26 de janeiro de 2013
Horário:    10:00 às 12:30
Local:       Mezanino da Livraria Cultura Recife, Paço Alfândega, Bairro do Recife.

Mais informações:
(81) 92694187 tim - (81) 99427144 claro – (81) 88559284 oi


Ishtar News

À espera de um sinal

Deborah Kanerek

Fonte: http://revistacrescer.globo.com/Crescer/0,19125,EFC737152-2215,00.html

Saiba reconhecer os principais indícios de que o trabalho de parto vai começar
Patrícia Machado utiliza um estetoscópio para tentar ouvir o bebê, o que a levou duas vezes à maternidade com alarmes falsos
A hora certa de ir para a maternidade é uma das principais dúvidas quando se chega ao fim da gravidez. Alguns sinais indicam que o momento está próximo, mas eles variam de mulher para mulher e diferem a cada gestação. Se você está tentando imaginar o começo do seu trabalho de parto, saiba que o mais provável é que ele se inicie na forma de cólicas. De acordo com o ginecologista e obstetra Edilson da Costa Ogeda, do Hospital Samaritano, de São Paulo, esse é o sinal de largada para 60% das mulheres. Outro indício de que chegou a hora é a ruptura da bolsa, identificável pelo vazamento de líquido amniótico pela vagina, que ocorre em 20% das gestações. 'Nos 10% restantes, o aviso pode aparecer na forma de um pequeno sangramento. Em menos de 2% dos casos, as mulheres não chegam a ter nenhum presságio', diz o médico.
Conhecer um pouco sobre cada um desses sinais de alerta pode ser útil para avaliar, com mais precisão, principalmente na primeira gravidez, se realmente é o momento de pegar as malas e ir para a maternidade ou se trata de um alarme falso. 'No fim da gestação, a ansiedade aumenta, o que costuma atrapalhar a interpretação dos indícios', lembra Ogeda.
As cólicas são mais comuns e são também as que mais confundem
Contrações Embora elas sejam o prenúncio mais comum do início do trabalho de parto, na forma de cólicas, são também o sinal que mais confunde as grávidas. Isso porque o nono mês de gestação é um período no qual a mulher pode se sentir menos confortável com o corpo. É normal que ela esteja inchada, registrando uma pressão maior sobre os órgãos internos e sentindo mais o peso do bebê, que vai encaixando-se na pelve. Tudo conspira para que ela confunda pequenos mal-estares com cólicas, afirma Ogeda.
Mas o que são essas cólicas? 'Para tirar a pasta de dente do tubo é preciso apertá-lo. Da mesma maneira, um bebê precisa de contrações para sair do útero', compara o ginecologista e obstetra Rubens Paulo Gonçalvez, autor do livro Gravidez para Grávidas.As dores, inicialmente pequenas, são o resultado desses movimentos. Elas aparecem na parte final da coluna, ou na bexiga, e são acompanhadas do endurecimento do útero, diferentemente das contrações normais e indolores que ocorrem a partir do quinto mês, quando a barriga endurece e amolece, sendo conhecidas como contrações de Braxton-Hicks.
O falso início do trabalho de parto se caracteriza ainda por contrações com intervalos irregulares. Em alguns casos, as dores, principalmente no baixo ventre, podem até ficar mais fortes em um curto período, mas costumam regredir rapidamente. Perceber todas essas diferenças não é mesmo fácil. A analista contábil Patrícia da Silva Oliveira Machado, 29 anos, chegou a ir para a maternidade e ser mandada de volta para casa em duas ocasiões. 'Perdi a conta de quantas vezes liguei para o médico nas últimas semanas de gravidez', conta.
Para evitar esse vai-e-volta à maternidade, a grávida deve observar se as contrações são regulares, se a intensidade tende a aumentar e se o intervalo entre elas diminui. 'No primeiro filho, espere para sair de casa quando contar contrações regulares a cada cinco minutos, por cerca de 40 minutos', explica Gonçalvez. 'A partir do segundo filho, principalmente se os outros nasceram de parto normal, é melhor não esperar tanto.'
Rompimento da bolsa Quando a bolsa que envolve o bebê se rompe, o nascimento costuma ocorrer em, no máximo, 24 horas. 'Após 12 horas, convém induzir o parto, pois há risco de contaminação do interior do útero', avisa Gonçalvez. Mas a ruptura da bolsa nem sempre é tão fácil de identificar. Quando acontece na parte inferior, um volume grande de líquido vaza de uma só vez. Se ela se dá em regiões mais altas, os jatos são intermitentes e menores, como se a grávida estivesse perdendo urina. Para tirar dúvidas, saiba que o líquido amniótico tem um cheiro bem diferente do da urina e a coloração lembra água-de-coco.
O obstetra Gonçalvez recomenda usar calcinhas brancas no fim da gravidez. No caso de ruptura da bolsa, isso facilita ver a coloração do líquido. Caso o bebê tenha evacuado, o líquido ficará esverdeado, o que pode indicar necessidade de maiores cuidados.
O trabalho de parto pode ainda começar com um sangramento, conforme a localização da placenta, explica Gonçalvez. 'No caso das placentas conhecidas como baixas, prévias ou marginais, geralmente diagnosticadas no pré-natal, um sangramento vermelho-vivo poderá ocorrer nas primeiras contrações ou mesmo sem elas', diz o médico. Já a perda do tampão mucoso, de aspecto gelatinoso, que protege a entrada do útero, indica que o fim da gravidez se aproxima. A perda, com ou sem sangramento, pode acontecer de algumas horas até 15 dias antes do parto.
Depois do primeiro sinal, dá tempo de chegar à maternidade
Calma! Como se vê, não faltam sinais que indicam que o trabalho de parto vai começar. E, se você está certa de que apresenta algum deles, acalme-se. 'Só nos filmes e, em raríssimos casos, os bebês nascem antes que a mãe consiga chegar à maternidade', afirma Ogeda. Mesmo assim, há quem fique aflita no finzinho da gravidez. No caso da pedagoga Luciana Mina, 34 anos, mãe de Lucas, 4 anos, Beatriz, 3 anos, e grávida de 7 meses, acontece um misto de ansiedade e preocupação de que o bebê passe da hora. 'Meu coração acelera, as contrações aumentam, já não consigo mais contar os intervalos, meu marido fica nervoso, e as contrações pioram, aí o jeito é ir para a maternidade, porque ninguém mais tem condições de avaliar se chegou mesmo a hora', diz ela. Em sua terceira gravidez, ela espera ter adquirido uma certa prática, que permita um desfecho sem alarmes falsos. Que ela tenha, afinal, uma boa hora!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Primeiro encontro de 2013: 12/01/2013


C O N V I T E


O Ishtar - Espaço para Gestantes (Recife) convida para o próximo encontro do grupo, no dia 12/01/2013.

O tema do nosso encontro será: “Apoio”.


O nosso primeiro encontro do ano é dedicado ao que muitas vezes é a principal necessidade das gestantes e mães no puerpério, o apoio. Convidamos as gestantes e suas famílias, doula, amigas etc para juntos debatermos sobre:
Que tipo de apoio você espera e deseja receber durante sua gravidez, parto e puerpério? De quem você espera receber apoio? Como dar apoio a uma gestante/mãe?

Contamos com a sua presença para enriquecer o nosso debate!

Lembrando: Participe do BANCO DE VIDROS DO ISHTAR (parceria com o Grupo “Grávidas e Mamães do Recife” - Facebook). uma iniciativa voluntária, que visa auxiliar as mulheres na manutenção da amamentação através de doações e empréstimo de vidros adequados ao armazenamento e pasteurização de leite materno.

Data: 12 de janeiro de 2013
Horário: 10:00 às 12:30
Local: Mezanino da Livraria Cultura Recife, localizada no Paço Alfândega, Bairro do Recife.

Mais informações:
 (81) 92694187 tim - (81) 99427144 claro – (81) 88559284 oi


Redes de apoio entre mulheres

Não tenho nenhuma dúvida de que nós, os seres humanos, fomos desenhados para viver em comunidade. No entanto, o que impera nas grandes cidades modernas é a prioridade de famílias nucleares, de preferencia constituídas por uma só pessoa. Este sistema costuma gerar bons frutos económicos, pelo menos para uns poucos.

Por outro lado, a maioria das mulheres modernas escolhe terminar uma carreira universitária ou conseguir um bom posto de trabalho, ao invés de ter uma vida semelhante as de nossas mães e avós.

Mas, quando – casualmente e contra todos os prognósticos – nasce um filho, a solidão e o desconcerto para as mães é a moeda corrente. Porque não há comunidade que nos apoie, nos sustente, nos ampare, nos transmita sabedoria interior, ou satisfaça qualquer necessidade nossa, seja física, seja emocional.

Muitas de nós pretendemos atravesar a maternidade utilizando os mesmos parámetros com os que estudamos, trabalhamos, tomamos decisões, lutamos, nos impomos, ganhamos dinheiro, elaboramos pensamentos ou praticamos esportes. Confiamos que a maternidade não poderia ser mais complexa do que lidar com cinquenta empregados subordinados todos os días. Mas… geralmente comprovamos que se trata de outro nível de complexidade.

A maior dificuldade consiste em “deixar o mundo real” para “ingresar num mundo onírico” da fusão mamãe-bebê, e, ainda que cada uma de nós reaja de forma diferente durante o puerperio, só na medida em que estejamos bem sustentadas, estaremos em condições de sustentar o bebê.

Hoje, em muitos casos, não temos aldeia, nem comunidade, nem tribo, nem vizinhança. Às vezes, sequer uma familia grande. Pois bem, necessitamos criar apoios modernos e solidários. Do contrario, não é possível entrar em fusão com o bebê. Não é possível amamentá-lo, nem fundir-se em suas necessidades permanentes.
Nós, mulheres, temos que nos organizar. Uma possibilidade é criar grupos de apoio, ou de encontro, abertos para que nós, as mães, encontremos companhia com nossos filhos nos braços, compreensão de nossos estados emocionais e aceitação de nossas ambivalencias.
Outra figura que na atualidade me parece fundamental é a “doula”. Há doulas preparadas para acompanhar as parturientes e outras especialmente treinadas para seguir o processo puerperal. A doula interpreta a ‘experiência interior’ de cada mãe, apoiando todas as mudanças invisíveis e traduzindo para a  linguagem corrente a realidade do puerpério. Não se trata de ajudar com o bebê, nem de oferecer bons conselhos, mas de acompanhar o mergulho no universo sutil e invisível do recém-nascido. Sua principal função é a de maternar a mãe para que, então, ela possa maternar a seu filho.
As doulas têm uma função para exercer, nomeando cada sentimento “absurdo”, desproporcionado ou incompreensível da mãe recente. Pessoalmente, espero que o ofício de doula ingresse no consciente coletivo feminino. Que, nós, mulheres, saibamos, durante e depois de parir, que merecemos naturalmente chamar e solicitar uma doula à domicílio, para que nos abra as portas dos Mistérios da Maternidade.
Porque a partir de cada mãe puérpera que se encontra a si mesma, o mundo inteiro se encontra. Cada doula que assiste a uma puérpera, cura a si mesma e cura outras mulheres. Cada palavra de apoio é uma palavra de paz e de receptividade ao bebê. As doulas nos instigam a que confiemos em nossas escolhas, decidindo segundo nossas crenças mais íntimas. Elas nos lembram que somos merecedoras de todos os cuidados, porque disso depende o futuro.
                                                                                    Laura Gutman
Fonte: http://www.lauragutman.com.ar/articulos.html

Tradução: Nélia de Paula – Coordenadora do Ishtar-Recife e  Tradutora Pública e Intérprete Comercial de Espanhol